quinta-feira, 12 de julho de 2007

(04/12) JOSÉ DUMONT E O NORDESTINO NO CINEMA BRASILEIRO



SINOPSE PALESTRA


Uma análise da representação do nordestino no cinema brasileiro a partir dos papéis vividos pelo ator paraibano José Dumont.

PALESTRANTE

KLÉCIUS HENRIQUE

Mestre em Comunicação e Cultura Contemporânea pela UnB com a dissertação Uma Luz sobre o Homem do Sertão – O ator José Dumont e a representação do nordestino no cinema brasileiro, Klecius Henrique é formado em jornalismo pela UFRN. Potiguar de Natal, foi repórter dos jornais Tribuna do Norte, Jornal de Natal, Dois Pontos e Diário de Natal, nos anos 90. Entre 1997 e 2004, foi setorista de cinema brasileiro e de política cultural no Correio Braziliense. Em cinema, atuou nos curtas Emma na Tempestade (2002) e O Anjo (2004) e foi assistente de direção de As Incríveis Bolinhas do Dr. Sorriso Sarcástico (2003) e Emma na Tempestade. É autor de José Dumont – do cordel às telas (2005).





SINOPSE

O filme mostra uma típica família de classe média às voltas com a reforma do apartamento. O chefe é Juarez (Paulo Gracindo), aposentado sempre cercado pelos fantasmas de amigos que morreram. Sua esposa, Elvira (Fernanda Montenegro), não aceita sua impotência e acredita que ele tenha uma amante. E tem os filhos: Zé Roberto (Luiz Fernando Guimarães), executivo oportunista, e Vera Lúcia (Regina Casé), preocupada apenas em encontrar marido. Aparecida de Fátima (Maria Sílvia), uma das empregadas, é mística fervorosa, enquanto que Zezé (Zezé Motta) é prostituta nas horas vagas. Quando Elvira resolve reformar o apartamento e um bando de operários passa a conviver com a família, o pandemônio e a mistura de tipos se completam.



INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Título no Brasil: Tudo Bem
Título Original: Tudo Bem
País de Origem: Brasil
Gênero: Comédia
Classificação etária: 18 anos
Tempo de Duração: 111 minutos
Ano de Lançamento: 1978
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: Versátil Home Vídeo
Direção: Arnaldo Jabor


ELENCO

Fernanda Montenegro .... Elvira Barata
Paulo Gracindo .... Juarez Ramos Barata
Maria Sílvia .... Aparecida de Fátima
Zezé Motta .... Zezé
Stênio Garcia .... Worker
José Dumont .... Piauí
Anselmo Vasconcelos .... Worker
Regina Casé .... Vera Lúcia
Luiz Fernando Guimarães .... José Roberto
Fernando Torres .... Giacometti
Luiz Linhares .... Pedro Penteado
Jorge Loredo .... Juarez's friend
Paulo César Peréio .... Bill Thompson
Wellington Botelho
Alvaro Freire



Cenas do filme "Tudo Bem"

(06/11) A ESTÉTICA TEATRAL NO CINEMA DE GLAUBER ROCHA: DIÁLOGOS COM ARTAUD E BRECHT




SINOPSE PALESTRA

A presente comunicação visa a uma abordagem crítica da linguagem cinematográfica de Glauber Rocha, enfocando principalmente suas relações com a estética teatral. Para tanto, desenvolveremos uma análise sobre três filmes de sua cinematografia: Barravento (1961), Deus e o Diabo na Terra do Sol (1963) e Terra em Transe (1967). As referências teatrais abordadas são Bertolt Brecht e Antonin Artaud.

PALESTRANTE


Adeilton Lima é mestre em teoria literária pela UnB. Trabalha profissionalmente como ator e professor de literatura e teatro.



SINOPSE


Numa aldeia de pescadores de xaréu, cujos antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos místicos ligados ao candomblé. A chegada de Firmino, antigo morador que se mudou para Salvador fugindo da pobreza, altera o panorama pacato do local, polarizando tensões. Firmino tem uma atração por Cota, mas não consegue esquecer Naína que, por sua vez, gosta de Aruã. Firmino encomenda um despacho contra Aruã, que não é atingido, ao contrário da aldeia que vê a rede arrebentada, impedindo o trabalho da pesca. Firmino incita os pescadores à revolta contra o dono da rede, chegando a destruí-la. Policiais chegam à aldeia para controlar o equipamento. Na sua luta contra a exploração, Firmino se indispõe contra o Mestre, intermediário dos pescadores e do dono da rede. Um pescador convence Aruã de pescar sem a rede, já que a sua castidade o faria um protegido de Iemanjá. Os pescadores são bem sucedido na empreitada, destacando-se a liderança de Aruã. Naína revela para uma preta velha o seu amor impossível por Aruã. Diante da sua derrota contra o misticismo, Firmino convence Cota a tirar a virgindade de Aruã, quebrando assim o encantamento religioso de que ele estaria investido por Iemanjá. Aruã sucumbe à tentação. Uma tempestade anuncia o "barravento", o momento de violência. Os pescadores saem para o mar, com a morte de dois deles, Vicente e Chico. Firmino denuncia a perda de castidade de Aruã. O Mestre o renega. Os mortos são velados, e Naína aceita fazer o santo, para que possa casar com Aruã. Ele promete casamento, mas antes decide partir para a cidade de forma a trabalhar e conseguir dinheiro para a compra de uma rede nova. No mesmo lugar em que Firmino chegou à aldeia, Aruã parte em direção à cidade.


"Alguns elementos do filme fazem parte de minhas preocupações: o fatalismo mítico, a agitação política e as relações entre a poesia e o lirismo, uma relação complexa num mundo bárbaro. Um ensaio cinematográfico, uma experiência de iniciante." Glauber Rocha



FICHA TÉCNICA

Ficção, longa-metragem, 35mm, preto e branco, Salvador, 2.195 metros, 80 minutos. Bahia, 1961. Companhia produtora: Iglu Filmes; Distribuição: Horus Filmes; Produtores: Rex Schindler, Braga Neto; Produtor associado: David Singe; Diretor de produção: José Telles de Magalhães; Produtor executivo: Roberto Pires; Diretor: Glauber Rocha; Assistentes de direção: Álvaro Guimarães, Waldemar Lima; Argumentista: Glauber Rocha; Idéia Original: Luiz Paulino dos Santos;Roteiristas:Glauber Rocha, José Telles de Magalhães; Diálogos: Glauber Rocha, Luiz Paulino dos Santos;Diretor de fotografia:Tony Rabatony; Editor: Nelson Pereira dos Santos; Letreiros: Calasans Neto; Música: Washington Bruno (Canjiquinha): samba de roda e capoeira; Batatinha: samba; Locações: Praia do Buraquinho, Itapoã Flamengo (Salvador,BA); Prêmios: Opera Prima- XIII Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary, Tchecoslovaquia, 1962.Elenco: Antônio Sampaio (Pitanga) - Firmino; Luiza Maranhão - Cota, Lucy Carvalho - Naína, Aldo Teixeira - Aruã, Lídio Cirillo dos Santos (Lídio Silva) - Mestre; Rosalvo Plínio, Alair Liguori, Antonio Carlos dos Santos, D. Zezé, Flora Vasconcelos, Jota Luna, Hélio Moreno Lima, Francisco dos Santos Brito; participação especial em candomblés: D. Hilda; samba de roda e capoeira: D. Zezé, Adinora, Arnon,Sabá;orient.de candomblés: Hélio de Oliveira.


(02/10/2007) IMAGENS DO COTIDIANO NO CINEMA BRASILEIRO: OLHAR SOBRE A CASA

ABRIL DESPEDAÇADO - FICÇÃO


SINOPSE PALESTRA
Estudo sobre casas a partir da interação entre espaço doméstico e sujeito. Admite-se que ao compreender a articulação dos espaços da casa em um filme, apreende-se o posicionamento dos personagens nas narrativas contadas.

PALESTRANTE
Denise Moraes é formada em Cinema e Audiovisual pela Universidade Paris VIII, desenvolveu a crítica cinematográfica trabalhando na revista francesa La Gazette du Cinéma. No Brasil, foi assistente de direção de diversos cineastas, além de produzir e dirigir os filmes Um Pingado e um Pão com Manteiga e Filme Triste. Mestre em cinema brasileiro pela Universidade de Brasília, atualmente é professora do curso de audiovisual no Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa.
baixe o áudio da palestra aqui


Ficha Técnica

Elenco Principal

José Dumont Pai
Rodrigo Santoro Tonho
Rita Assemany Mãe
Luiz Carlos Vasconcelos Salustiano
Ravi Ramos Lacerda Pacu
Flavia Marco Antonio Clara
Everaldo Pontes Velho cego
Othon Bastos Participação especial


Equipe Principal

Direção Walter Salles
Produção Arthur Cohn
Produtores Associados Jean Labadie
Carole Scotta
Produção Executiva Mauricio Andrade Ramos
Lillian Birnbaum
Roteiro Walter Salles
Sérgio Machado
Karim Aïnouz
Inspirado no livro de Ismail Kadaré
Abril Despedaçado
Direção de Fotografia Walter Carvalho
Som Felix Andrew
François Groult
Waldir Xavier
François Musy
Figurinos Cao Albuquerque
Direção de Arte Cassio Amarante
Montagem Isabelle Rathery
Consultor na Edição Jürg Hassler
Música Antonio Pinto
Colaboração Ed Côrtes
Beto Villares
Direção de Produção Marcelo Torres
Assistente de Produção Andrea Weidmann

Brasil Suíça França 2001 1h39m Dolby SR/DTS e SRD
Uma co-produção VideoFilmes, Haut et Court, Bac Films e Dan Valley Film AG



Sobre o filme


O exílio, a errância e a busca da identidade são os temas centrais das obras de ficção e dos documentários dirigidos por Walter Salles.

Abril Despedaçado, inspirado no romance homônimo de Ismail Kadaré, foi indicado como Melhor Filme Estrangeiro pela Hollywood Foreign Press Association, pelo National Board of Review e pela British Academy of Film and Television Arts. O filme ganhou o Prêmio do Público Jovem (Leoncino d'Oro) no 58º Festival Internacional de Cinema de Veneza.



Cenas de Abril Despedaçado





(04/09/2007) CINEMA DE AUTO-RETRATO NO BRASIL


SINOPSE PALESTRA

A palestra discutirá os documentários fundados a partir de situações subjetivas. Documentários de auto-retrato, documentários que se aproximam a autobiografias. Haverá, primeiramente, uma recuperação histórica dessas obras. Uma reconstrução que compreenda o surgimento desses filmes no contexto da história do cinema, na singularidade dos suportes (super 8, 16, dv, etc...), e sobretudo nos principais acontecimentos históricos do audiovisual brasileiro. Todas essas questões guiarão a análise de ‘33’, de Kiko Goifman, que será debatido como um caso exemplar e extraordinário do cinema brasileiro.

PALESTRANTES

Pablo Gonçalo é sociólogo e mestrando em comunicação pela UnB. Cinéfilo e escriba, faz resenhas críticas de filmes em cartaz e ensaios sobre obras clássicas do cinema. Foi vencedor do I Concurso Nacional de Crítica de Cinema - 2006. No campo da prática cinematográfica, aventura-se em curadorias de mostras de cinema, produções de curta, roteiros e montagens. É diretor do curta Vestígios, vencedor do prêmio de melhor montagem em 16mm do 39º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Atualmente, é gerente da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura.

Maíra Brito, 28, é roteirista e documentarista da TV Câmara, em Brasília. Formada em Jornalismo, é também Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco, onde defendeu a dissertação Pactos Documentários: um olhar sobre como o filme '33', de Kiko Goifman, revela novas possibilidades para a prática documentária. Foi jornalista militante no movimento feminista de Pernambuco entre 2003 e 2004. Atualmente trabalha no documentário 'Mulheres e Política'.


Sinopse: Convidado para a seleção oficial dos prestigiosos festivais de Locarno (Suíça) e de Roterdã (Holanda) em 2003, mesmo ano em que foi eleito um dos favoritos do público da Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, "33" trata da busca do diretor Kiko Goifman por sua mãe biológica.

Goifman é filho adotivo e, no ano em que completou 33 anos, decidiu procurar sua mãe biológica. A partir de pistas dadas por detetives de São Paulo e Belo Horizonte, o cineasta parte nessa jornada, documentando com humor e ironia todo seu trajeto em um diário on-line que foi transformado em material para seu filme.

O título do filme refere-se ao número de dias que o diretor se impôs para a investigação e, ao mesmo tempo, à sua idade então (33 anos).


Ficha Técnica
Título Original: 33
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 74 minutos
Ano de Lançamento (Brasil):
2004
Site Oficial: http://www.33ofilme.com.br/
Direção: Kiko Goiffman
Roteiro: Kiko Goiffman
Produção: Jurandir Muller e Beto Tibiriçá
Música: Tetine
Desenho de Produção: Cláudia Priscilla





segunda-feira, 2 de julho de 2007

(07/08/2007) DA LITERATURA AO CINEMA:ADAPTAÇÃO?

SINOPSE PALESTRA

O processo de cinematização ou as diversas possibilidades de se traduzir um texto literário para a linguagem cinematográfica.


PALESTRANTE
RENATO CUNHA

Graduou-se em Letras e em Cinema pela Universidade de Brasília, onde também cursou mestrado em Literatura. Dirigiu os curtas-metragens O terceiro baile (2002), Faça o bem sem olhar a quem! (2003) e O reinado nosso de cada ano (2005). Atualmente produz seu quarto filme, Bibliofagia. É autor dos livros As formigas e o fel (Annablume, 2006) e Cinematizações (no prelo).



ÁUDIO DA PALESTRA




Sinopse Filme
Depois de uma noite mal-dormida, o protagonista acorda com a campainha da porta tocando insistentemente. Pelo olho mágico, vê um desconhecido de terno e gravata, barba e cabelos longos, que lhe lembra alguém que não consegue identificar. Não sabe o porquê daquele homem estar ali nem quem ele é, mas tem uma certeza imediata: ele representa uma ameaça à sua vida. Veste-se às pressas, aproveita uma distração do visitante e escapa de sua própria casa. Com a certeza de que o desconhecido está em seu percalço através da cidade, ele passa a desconfiar de tudo e de todos numa fuga sem destino, que penetra cada vez mais fundo no seu próprio mundo.
Ficha Técnica
Título Original: Estorvo
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 95 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2000
Site Oficial: www.estorvo.com.br
Estúdio: Sky Light Cinema, D&D Audiovisuais e ICAIC
Distribuição: Riofilme
Direção: Ruy Guerra
Roteiro: Ruy Guerra, baseado em livro de Chico Buarque
Produção: Bruno Stroppiana e Bruno Cerveira
Música: Egberto Gismonti
Direção de Fotografia: Marcelo Durst
Direção de Arte: Raúl Oliva, Cláudio Amaral Peixoto e Tony de Castro
Figurino: Bia Salgado e Carlos Urdanívia
Edição: Mair Tavares


Elenco
Jorge Perrugoría
Bianca Byington
Leonor Arocha
Tonico Oliveira
Xando Graça
Susana Ribeiro
Ataíde Arcoverde
Aurora Basnuevo
Cândido Damm
Manuel Romero
José Antônio Rodriguez
Verônica Lynn

Cenas do filme "Estorvo"


(clique na imagem para ampliar)

(03/07/2007) O CINEMA NACIONAL: A INVASÃO DA PERIFERIA

DOCUMENTÁRIO: BABILÔNIA 2000


SINOPSE PALESTRA

Os modos dominantes de representação das periferias no atual cinema nacional e as diversas maneiras pelas quais cineastas negociam com o imaginário social sobre as periferias e seus moradores ao longo da história do cinema nacional, com destaque para o deslocamento estratégico do filme "Babilônia 2000", de Eduardo Coutinho.

PALESTRANTES

ANDRÉ CARVALHEIRA

Cineasta e Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade de Brasília, na linha de pesquisa de Imagem e Som. É autor da dissertação "Imagens da Periferia – a representação da periferia no cinema brasileiro contemporâneo". Atualmente é professor na Universidade Federal Fluminense no Departamento de cinema e vídeo.

LUCIANA LAZARINI

Jornalista e Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade de Brasília, na linha de pesquisa de Imagem e Som. Com a dissertação "Anjos e Deuses Suburbanos : um estudo de recepção das representações das periferias em Cidade de Deus e Como Nascem os Anjos", desenvolveu pesquisa empírica de recepção com jovens. Atualmente, é editora do jornal Tribuna Impressa, em Araraquara, São Paulo.
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ÁUDIOS DAS PALESTRAS









Ficha Técnica
Título Original: Babilônia 2000
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2001
Estúdio: VideoFilmes / CECIP
Distribuição: Riofilme
Direção: Eduardo Coutinho
Produção: Donald K. Ranvaud e Eduardo Coutinho
Desenho de Produção: Beth Formaggini
Edição: Jordana Berg


SINOPSE FILME

Na manhã do último dia de 1999, uma equipe de filmagens sobe o Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro. Lá existem duas favelas, Chapéu Mangueira e Babilônia, as únicas situadas na orla de Copacabana e cujos moradores podem acompanhar ao vivo o reveillon de Copacabana. Durante 12 horas, as câmeras da equipe de filmagens acompanham os preparativos locais para o reveillon, assim como ouve os moradores locais a fim de saber as expectativas deles para o ano 2000 e para que possam fazer um balanço de suas vidas.



Cenas do documentário BABILÔNIA 2000

(clique na imagem para ampliar)



FOTOS DAS PALESTRAS