A palestra discutirá os documentários fundados a partir de situações subjetivas. Documentários de auto-retrato, documentários que se aproximam a autobiografias. Haverá, primeiramente, uma recuperação histórica dessas obras. Uma reconstrução que compreenda o surgimento desses filmes no contexto da história do cinema, na singularidade dos suportes (super 8, 16, dv, etc...), e sobretudo nos principais acontecimentos históricos do audiovisual brasileiro. Todas essas questões guiarão a análise de ‘33’, de Kiko Goifman, que será debatido como um caso exemplar e extraordinário do cinema brasileiro.
PALESTRANTES
Pablo Gonçalo é sociólogo e mestrando em comunicação pela UnB. Cinéfilo e escriba, faz resenhas críticas de filmes em cartaz e ensaios sobre obras clássicas do cinema. Foi vencedor do I Concurso Nacional de Crítica de Cinema - 2006. No campo da prática cinematográfica, aventura-se em curadorias de mostras de cinema, produções de curta, roteiros e montagens. É diretor do curta Vestígios, vencedor do prêmio de melhor montagem em 16mm do 39º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Atualmente, é gerente da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura.
Maíra Brito, 28, é roteirista e documentarista da TV Câmara, em Brasília. Formada em Jornalismo, é também Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco, onde defendeu a dissertação Pactos Documentários: um olhar sobre como o filme '33', de Kiko Goifman, revela novas possibilidades para a prática documentária. Foi jornalista militante no movimento feminista de Pernambuco entre 2003 e 2004. Atualmente trabalha no documentário 'Mulheres e Política'.

Sinopse: Convidado para a seleção oficial dos prestigiosos festivais de Locarno (Suíça) e de Roterdã (Holanda) em 2003, mesmo ano em que foi eleito um dos favoritos do público da Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, "33" trata da busca do diretor Kiko Goifman por sua mãe biológica.
Goifman é filho adotivo e, no ano em que completou 33 anos, decidiu procurar sua mãe biológica. A partir de pistas dadas por detetives de São Paulo e Belo Horizonte, o cineasta parte nessa jornada, documentando com humor e ironia todo seu trajeto em um diário on-line que foi transformado em material para seu filme.
O título do filme refere-se ao número de dias que o diretor se impôs para a investigação e, ao mesmo tempo, à sua idade então (33 anos).
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