Os modos dominantes de representação das periferias no atual cinema nacional e as diversas maneiras pelas quais cineastas negociam com o imaginário social sobre as periferias e seus moradores ao longo da história do cinema nacional, com destaque para o deslocamento estratégico do filme "Babilônia 2000", de Eduardo Coutinho.
PALESTRANTES
ANDRÉ CARVALHEIRA
Cineasta e Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade de Brasília, na linha de pesquisa de Imagem e Som. É autor da dissertação "Imagens da Periferia – a representação da periferia no cinema brasileiro contemporâneo". Atualmente é professor na Universidade Federal Fluminense no Departamento de cinema e vídeo.
LUCIANA LAZARINI
Jornalista e Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade de Brasília, na linha de pesquisa de Imagem e Som. Com a dissertação "Anjos e Deuses Suburbanos : um estudo de recepção das representações das periferias em Cidade de Deus e Como Nascem os Anjos", desenvolveu pesquisa empírica de recepção com jovens. Atualmente, é editora do jornal Tribuna Impressa, em Araraquara, São Paulo.
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ÁUDIOS DAS PALESTRAS
Ficha Técnica Título Original: Babilônia 2000 Gênero: Documentário Tempo de Duração: 90 minutos Ano de Lançamento (Brasil): 2001 Estúdio: VideoFilmes / CECIP Distribuição: Riofilme Direção: Eduardo Coutinho Produção: Donald K. Ranvaud e Eduardo Coutinho Desenho de Produção: Beth Formaggini Edição: Jordana Berg
SINOPSE FILME
Na manhã do último dia de 1999, uma equipe de filmagens sobe o Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro. Lá existem duas favelas, Chapéu Mangueira e Babilônia, as únicas situadas na orla de Copacabana e cujos moradores podem acompanhar ao vivo o reveillon de Copacabana. Durante 12 horas, as câmeras da equipe de filmagens acompanham os preparativos locais para o reveillon, assim como ouve os moradores locais a fim de saber as expectativas deles para o ano 2000 e para que possam fazer um balanço de suas vidas.
Cenas do documentário BABILÔNIA 2000 (clique na imagem para ampliar)
Cinevisões é um projeto de cineclube. Sua primeira realização ocorreu na sala de vídeo do Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, visando a promoção de encontros periódicos mensais, sempre com a exibição de um filme e a apresentação de um trabalho teórico sobre cinema.
Convidamos professores, pesquisadores e alunos de mestrado e doutorado da cidade para apresentar seus trabalhos teóricos e suas visões ao público, com a intenção de assim criar um espaço de encontro e discussão.
Nesta primeira etapa foram realizados 06 encontros, em que os convidados a palestrar abordaram diferentes recortes e análises de filmes da cinematografia nacional.
Em todas as sessões foi distribuído ao público um cinejornal com o resumo de cada palestra e as principais informações sobre os filmes exibidos, disponível para download neste blog.
O áudio das palestras já realizadas também encontra-se disponível para download neste blog.
Este projeto dirige-se a todos interessados e amantes da sétima arte, aos profissionais, professores, estudantes e pesquisadores de cinema, audiovisual, comunicação, artes e demais ciências humanas.
Este primeiro ciclo ocorreu de julho a dezembro de 2007, sempre na primeira terça-feira do mês, na sala de vídeo do Centro Cultural Banco do Brasil - Brasília.
A prática do cineclubismo sempre esteve ligada a grandes movimentos do cinema brasileiro. A história dos cineclubes no Brasil já completa mais de 80 anos de atividade, alternando-se entre momentos de efervescência cultural e política e períodos de desarticulação.
A história da atividade cinematográfica em Brasília também se confunde com a história dos cineclubes. Desde seus primeiros tempos, a cidade provou que bastava uma pequena sala e alguns interessados na arte do cinema para que se formasse um cineclube. Uma geração de cineastas brasilienses surgiu assim. Com a chegada das grandes salas, estas pequenas iniciativas criadas para assistir e discutir cinema foram sendo apagadas.
O Centro Cultural Banco do Brasil tem o prazer de apresentar ao público brasiliense o projeto Cinevisões, que exibirá grandes filmes da cinematografia nacional, acompanhados de palestras e comentários de professores e pesquisadores especialistas em cinema.
O CCBB pretende, assim, recuperar um espaço qualificado de discussão, reflexão crítica e debate sobre o cinema brasileiro.
Centro Cultural Banco do Brasil
Um pouco de história...
A história dos cineclubes e do cineclubismo no Brasil já completa mais de 80 anos de atividade. Ao longo dessa história destacamos as duas Cinematecas Brasileiras que temos hoje no país como frutos e símbolo dessa atividade cineclubista. O Clube de Cinema de São Paulo (CCSP), fundado em agosto de 1940, na Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo tinha entre seus fundadores algumas das mais marcantes personalidades da cultura brasileira como Paulo Emílio Sales Gomes, Décio de Almeida Prado, Lourival Gomes Machado e Cícero Cristiano de Souza. O Clube de Cinema teve uma vida breve, sendo logo interditado pelo Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (DEIP).
Somente depois da Segunda Guerra Mundial, com o país respirando ares democráticos é que a atividade cineclubista voltou a renascer. Em 1949, o cineclubismo brasileiro já demonstrava um elevado grau de maturidade quando o CCSP uniu-se ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), transformando-se em Filmoteca do MAM (FMAM). Era então o embrião da futura CINEMATECA BRASILEIRA, nossa primeira cinemateca, que manteve uma série de atividades, como exibições cinematográficas, cursos e seminários, que influenciaram toda uma geração, servindo também como uma espécie de modelo para futuros cineclubes. Estes funcionaram como uma verdadeira escola de cinema para seus frequentadores, num período em que não existiam cursos similares no país.
O movimento cineclubista conheceu uma história conturbada. Com a edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5), pela ditadura militar, experimentou novo desmantelamento em 1968, ante suas atividades culturais junto aos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes. Depois de um breve momento de reorganização, mais uma vez se desarticula no início dos anos 90, durante “a famigerada era Collor”, dessa vez por razões objetivas, mas também por deficiências próprias ao movimento.
Após alguns anos, o movimento cineclubista parece voltar a dar sinais de vida, aqui e ali voltamos a ouvir falar de novas experiências, de novo movimento político, de rearticulação das entidades. Há hoje uma larga diversidade de experiências cineclubistas pelo Brasil e com as condições democráticas favoráveis o cinema brasileiro volta a ocupar o espaço da ação cultural e política que lhe fazem jus.
A proposta do CINEVISÕES se insere nesse contexto e é uma iniciativa da Associação Cultural FAISCA que agora encontra no Centro Cultural Banco do Brasil as condições de realização que um prestigiado e respeitado promotor da cultura pode oferecer.
ASSOCIAÇÃO CULTURAL FAÍSCA
Fonte: Enciclopédia do Cinema Brasileiro. Ramos, F. e Miranda, L. F. Ed. Senac, São Paulo, 2000.
WALTER SALLES
Abril Despedaçado
KIKO GOIFFMAN
"33"
RUI GUERRA
Estorvo
EDUARDO COUTINHO
Babilônia 2000
FICHA TÉCNICA CINE VISÕES
PRODUÇÃO EXECUTIVA: William Allves
CURADORIA e PRODUÇÃO: Nôga Ribeiro
ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO: Adriana Gomes
PROGRAMAÇÃO VISUAL: Mira Madre! Design
PUBLICAÇÃO WEB: Ff
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Objeto sim
ELABORAÇÃO DE PROJETO e REPRESENTAÇÃO JURÍDICA: Associação Cultural FAISCA
Um comentário:
babiônia para download
http://eduardocoutinho.blogspot.com/
vini_ofreitas
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